domingo, 30 de maio de 2010

Just don't know what to do with myself


Esse sou, escutando Glee num loop infinito, no meu quarto escuro com a cama desarrumada, tendo uma prova tensa de poesia terça, um exercício de 15 questões de Psicopatia da Educação, um texto sobre crenças pra escrever. Eu poderia estar fazendo todas essas coisas, mas não estou. Por quê? Não sei. Simplesmente não sei o que fazer do meu tempo, da minha vida todo como um conjunto de uma maneira geral.

Esse meu choque de realidade começou quinta-feira. Eu teria de ter quatro cópias de frequência de ICV porque o responsável aqui não entrega declaração de frequência pra PRPPG há dois meses. Bem, simplesmente fui na banca de xerox e pedi pra imprimirem as quatro cópias. Paguei a pequena fortuna de 2 reais, e pronto. Tipo, umas quatro horas depois, percebi que bastava fazer uma impressão e tirar três cópias que eu pagaria a mixaria de 70 centavos. Primeiramente, fiquei puto por causa do dinheiro, porque 1,30 dá pra comprar uma ficha do RU e um picolé de castanha. Mas depois me veio a ideia de como sou burro, desatento, idiota, e tal.

Mas se você acha que estou fazendo a linha do Sid de Skins porque nada dá certo na minha vida e tal, se segura e presta atenção no vacilo do garoto: nesta mesma quinta-feira, o Ramon me disse na fila do RU que o Yázigi estava recebendo currículo até sexta e me deu um toque de ir lá. Achei super legal da parte dele, afinal quem sabe como funciona o curso de Letras, onde o princípio de cobra comendo cobra prevalece, sabe que isso é raro, e admirável. E aí, eu já tava todo animadão, já pensando em dar um F5 no meu currículo e tal... Depois fui almoçar, descansar, assistir mais aulas e tudo... Quando na sexta-feira, umas 19h, me vem de repente aquela lembrança e vontade de chorar de raiva de mim mesmo. Juro que queria que alguém me desse um soco e me chacoalhasse. Afinal, né gente, se eu não levo um emprego em portencial a sério, o que que eu sou então? Daí que a minha única esperança é ir lá amanhã (segunda-feira) e ouvir alguém me dizer "Perdeu, playboy" ou então receberem atenciosamente meu currículo e jogarem-no fora assim que eu sair. Enfim, esse meu desleixo com as coisas sérias da vida e o valor que eu dou pras inutilidades e supérfluos ainda vão me atrapalhar muito. Vamos acompanhar o que vai acontecer.